terça-feira, 12 de maio de 2015

As previsões do Sci-fi


A ficção científica sempre teve um papel visionário, suas histórias quase que necessariamente se ambientam no futuro, por isso, muitas vezes elas preveem situações e aparelhos que vão existir num dado momento da sociedade. Por outro lado, a maioria das previsões não ultrapassam essa barreira da ficção. Alguns autores têm sempre alguma pequena suposição em seus contos ou romances, por mais ínfimas que sejam. Isaac Asimov, Arthur C. Clarke, H. G. Wells, Robert Heinlein, Júlio Verne e William Gibson são alguns dos autores que têm várias previsões bem-sucedidas. 



Isaac Asimov dedicou toda uma vida a descrever e criar robôs inteligentes e inofensivos. Isso, muito tempo antes de qualquer ser humano desenvolver um de verdade. Ele imaginou uma realidade onde as pessoas usavam os robôs como forma de servidores. Na época em que escreveu essas histórias, o complexo de Frankenstein (a criação ataca o criador) era algo inerente aos robôs da ficção. Para subverter esse estigma, Asimov criou as três leis da robótica: um robô não pode ferir uma pessoa, nem por omissão permitir que ela sofra; deve obedecer aos humanos, exceto quando houver conflito com a primeira lei; deve proteger sua própria existência, ressalvadas às regras anteriores. 

O submarino também foi previsto na literatura. Júlio Verne não o inventou, modelos parecidos já haviam sido feitos em 1870, quando foi lançado Vinte Mil Léguas Submarinas. No entanto, o designer do Náutilus serviu para a criação dos modelos subsequentes. Outra previsão, foi o uso de eletricidade para a navegação dos submarinos, esses sim não existiam na época de lançamento do romance. A fonte de energia do Náutilus também se assemelha muito com os submarinos nucleares, criados anos depois, que com uma única pilha de plutônio chegava a navegar décadas sem a necessidade de abastecimento. 



Outras previsões do autor foram a viagem à lua, e uma espécie de foguete. No seu romance Da Terra à Lua, Verne imagina um grupo de astrônomos fazendo cálculos de balísticas para lançar um projétil à lua. Para tal feito, ele posiciona a cápsula na direção da lua e faz uma enorme detonação na base, para que o projétil tenha impulsão para viajar. Esse é basicamente o conceito do foguete espacial inventado décadas depois. 

Na série de televisão Star Trek, o Capitão Kirk usava um aparelho de comunicação muito parecido com o que é hoje o Smartphone. Não por acaso, o criador do telefone móvel Martin Cooper, afirmou que foi inspirado pela série a criar o modelo dele. 

Alguns romances como A cidade e as Estrelas (Arthur C. Clarke), Neuromancer (William Gibson), Os Três Estigmas de Palmer Eldritch (Phillip K. Dick) previram situações onde as pessoas podiam recorrer a realidade alternativas ou compartilhadas para diversão, fuga da realidade, ou como ferramenta. Na história de Arthur C. Clarke, existe um aparelho com o qual moradores de um planeta desértico, são capazes de vivenciar uma experiência de vida paralela, era uma espécie de videogame. 

Já Philip K. Dick, imaginou uma droga que proporciona uma vivência em uma nova realidade, a Can-D, onde você pode ser e fazer o que quiser, uma espécie de segunda vida. Na história, ela era usada como forma de escape da vida sofrida dos colonizadores, que moravam em planetas desabitados e inférteis como Marte. 
O Neuromancer previa uma rede compartilhada com princípio parecido com a internet. Na Matrix, como era chamado esse sistema, encontrava-se dados de várias corporações e empresas do mundo, assim como informações de pessoas físicas. 

O filme De Volta Para o Futuro 2 está recheado de erros e acertos sobre o futuro. Se passando em 2015, o longa traz algumas previsões como, TVs gigantes com tela plana e multiconexões de canais, videoconferência, fechaduras biométricas e aparelhos controlados por voz. Por outro lado, tem alguns erros como, skates e carros voadores, mini alimentos desidratados e tênis com cadarços automáticos. 

O número de erros de previsões é maior do que acertos em qualquer obra de ficção científica. Mas esse não é um quesito a se cobrar nas obras, apesar dos autores estarem muito além de seu tempo e fazerem esse trabalho de pensar o futuro, não quer dizer que tenham que acertar. Só a experiência de imaginar transformações diferentes e quase impossíveis para a mente comum já vale a pena. 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

The Walking Dead nos Quadrinhos


Por Valéria das Mercês

The Walking Dead é um famoso seriado de televisão sobre um apocalipse zumbi. A série é inspirada em outra série de Quadrinhos criada por Robert Kirkman e desenhada por Charlie Adlard e Tony Moore.
Apesar do grande sucesso da série, eu prefiro ler as revistas em quadrinhos que têm uma discussão muito mais profunda nos reais problemas daquela turma toda. Os conflitos são mais trabalhados e também tem uma variedade de história, já que está muito mais adiantado que o seriado.
Vou tentar fazer um post por semana abordando a história de 3 edições de cada vez.

A primeira edição é muito parecida com o piloto da serie de televisão. Rick Grimes vice-xerife de uma cidade pequena do estado da Geórgia, Estados Unidos, acorda de um coma e se depara com um hospital infestado de zumbis. Sem entender direito o que está acontecendo, ele sai desesperadamente em direção a sua casa. No caminho ele acaba encontrando outros zumbis, e o pior, sua casa vazia.

Morgan é outro personagem que também está na série, ele e seu filho ajudam Rick a entender a situação. Na verdade ninguém sabe direito o que aconteceu, só viram no noticiário a situação se alastrando. Rick por sua vez, vai na delegacia que trabalhava e ajuda Morgan armando-o com o arsenal da estação.

Apesar de não ser colorido, a revista consegue demonstrar as cenas muito bem. Com seus desenhos perfeitos ela nos causa um estranhamento necessário para entrar no clima do apocalipse.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Homem-Aranha fará parte do universo cinematográfico da Marvel... Finalmente!!!!


Na madrugada dessa terça feira um comunicado divulgado pela Sony agitou os fãs do Homem-Aranha. O herói adolescente fará parte dos filmes do universo cinematográfico da Marvel, um acontecimento que era muito aguardado por todos que admiram o cabeça de teia.

O herói vai aparecer em um filme do Marvel Studios e depois em outro da Sony Pictures em 28 de julho de 2017. O segundo será produzido por Kevin Feige (do Marvel Studios) e Amy Pascal (da Sony).

Apesar da parceria, a Sony continuará a ser a dona dos direitos do Homem-Aranha, assim como financiará, distribuirá e terá palavra final sobre qualquer assunto ligado a participação dele nos filmes.

Não há informações se Andrew Garfield continua ou não no papel (apesar de ter sido o melhor Aranha do cinema), mas o comunicado oficial fala em um “novo Homem-Aranha”. Os antigos produtores da franquia Avi Arad e Matt Tolmach, tem grande possibilidade de continuar, já que estavam fazendo um ótimo trabalho nos últimos dois filmes.

O comunicado não diz em qual filme da Marvel o Homem-Aranha fará a sua estreia, mas o Marvel Studios anunciou novas datas para os seus longas até 2019: Thor: Ragnarok (3 de novembro de 2017), Pantera Negra (6 de julho de 2018), Capitã Marvel (2 de novembro de 2018) e Inumanos (12 de julho de 2019). Mas o que especula-se na internet já há muito tempo, é que o Aranha irá aparecer em Capitão América: Guerra Civil.

Conheça a história do Homem-Aranha, o amigo da vizinhança.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O Predador

Filme icônico dos anos 80, O Predador faturou mais de U$60 milhões só nos Estados Unidos, um bom investimento, contando que seu orçamento foi de U$18 milhões.


O filme foi dirigido por John Mctiernan (Die Hard), seu roteiro foi fruto da colaboração entre os irmãos Jim e John Thomas. A marcante trilha sonora ficou por conta de Alan Silvestri (Forrest Gump, Contato, Os Vingadores). O elenco contava com dois atores em grande fase, Arnold Schwarzenegger (Conan) interpretando o Major Dutch, e o ex-jogador de futebol americano Carl Weathers (Rocky), que por sua vez, interpretava o Capitão Dillon.




O roteiro gira em torno de um grupo de soldados americanos, especialistas em missões de resgates. A CIA, representada pelo Capitão Dillon, recruta os soldados comandados pelo Major Dutch, para resgatar um grupo de americanos que são mantidos reféns por guerrilheiros em um país na América Central. Mas ao chegar ao destino da missão eles são encurralados por um inimigo invisível, com armas muito mais poderosas do que as suas. Passam então, a serem caçados e mortos por um predador que não é natural da Terra, uma criatura vinda de outro planeta com o objetivo de caçar homens e guarda seus ossos como lembranças.


Marcado por seus inovadores efeitos visuais, O Predador foi um dos indicados a categoria no Oscar. Acabou perdendo para Viagem Insólita (Innerspace), mas algumas de suas inovações ficaram gravadas na história do cinema. A sinistríssima visão térmica do Predador – as melhores cenas de suspense – foi copiada e usada diversas vezes em outros filmes, assim como a camuflagem invisível que ele usa para se esconder dos soldados.



Diversas outras cenas foram marcantes no filme, mas algumas permanecem vivas na memória dos fãs. O aperto de mãos na cena inicial entre Dutch e Dillon foi alvo de diversas brincadeiras na internet, descrito em muitos sites como o “aperto de mãos mais macho do cinema”, isso pelo fato dos atores representarem vários personagens icônicos no cinema, como, Apollo Creed, Conan e O Exterminador do Futuro.







A melhor sequência do filme é a final. No combate Dutch versus Predador, a única ajuda que o major tinha era a da natureza. Usando apenas a floresta para criar um circuito de armadilhas, Dutch consegue derrotar a Predador. Nessa sequência, são mais de trinta minutos sem diálogo algum, está em cena somente a brilhante trilha sonora e a vigorosa atuação de Arnold Schwarzenegger.


A cena final reserva uma das risadas mais maléficas de todo o cinema. A beira da morte, a criatura aciona um dispositivo de auto destruição, e meio que transparecendo satisfação por sua caçada, emerge em uma gargalhada de arrepiar todos os pêlos do corpo.





Mesmo tendo passado décadas após seu lançamento, O Predador ainda é uma franquia de sucesso, que movimentou por muitos anos uma série de novos filmes e jogos baseados em sua trama. Apenas dois anos após seu lançamento, já havia começado a produção de um segundo filme, dessa vez com Danny Glover
(Máquina Mortífera) no papel principal. Em 2004, o Predador fez parte do crossover Alien vs Predador, com o personagem da franquia de sucesso dirigida por Ridley Scott. O Filme foi baseado numa história em quadrinhos homônima lançada em 1989. 


Mais de 25 anos após o primeiro filme ser lançado, o estúdio 20th Century Fox anunciou em 2014, que está desenvolvendo uma continuação “inventiva” em parceria com o diretor Shane Black - criador da franquia Máquina Mortífera e roteirista do filme Homem de Ferro 3 - que também atuou no filme interpretando o Soldado Hawkins. A sequência ainda está em fase de pré-produção. Enquanto isso, nos divertimos assistindo O Predador quantas vezes for possível.





Vamos ver no que dá...

Sou apenas um entusiasta dos gêneros, mas busco ser mais do que isso. 
Sempre brinquei de viver nos livros e nos cinemas, afinal, um tem tudo a ver com o outro. A paixão que despertou já tardio na adolescência, permaneceu viva em mim por muito tempo, até que em algum momento ela resolveu tirar uma soneca, uma soneca bem longa... Quase dois anos vivendo nessa Cachoeira, cidade agraciada com tanta produção cultural,  que respira cinema, respira literatura... mas foi aqui que minha paixão adormeceu.
E como quem tenta recuperar as tantas horas e dias perdidos numa nuvem negra de desconhecimento, venho em uma pequena maratona de consumo de conhecimento tentar me aproximar minimamente do meu apogeu.

E não há maneira melhor de me incentivar do que esse blog, onde escreverei sobre esses produtos eleitos por mim, como de grandíssima importância nesse processo.
Falarei aqui sobre filmes e livros que fizeram parte de minha criação como leitor e cinéfilo, mas também tratarei daqueles novos que com certeza marcarão.

Boa leitura!